O Poder da Empatia

O espaço de prática de escuta da Humanize foi para mim impactante por diversos motivos. O primeiro foi perceber que de fato eu não tinha aprendido escutar de forma eficaz e que isso impactava na minha comunicação. O segundo foi tomar consciência que assim como eu, muitas pessoas não aprenderam. Logo, comecei a desconstruir a ideia de que não se importavam para o que eu falava. Esse é um dos lugares mais incríveis que já estive, esse espaço de prática de escuta. E é realmente prático, com muitas vivências que nem percebemos que estamos online. O contato e conexão é muito grande, inclusive com pessoas que nunca havíamos conversado antes. O tempo voa. Estar nesses espaços da humanize é um desejo meu para toda a vida. E já falei para muitas pessoas das minhas relações, porque adoraria que mais pessoas no mundo tivessem a oportunidade de viver essa experiência. Eu só tenho a agradecer quem conduz de forma tão humana e conectada essas vivências. Aprender a escutar me apoiou a melhorar muito o meu trabalho como terapeuta, como treinadora de líderes e equipes e principalmente meu relacionamento com meu esposo e com meus amigos. Escutar o que tem por trás das palavras, das ações e reações, dos comportamentos é transformador. É um aprendizado para a vida pessoal e profissional.

Pra mim, as aulas práticas do grupo de práticas da Konekti são um portal. Costumava dizer que estava entrando num portal quando me perguntavam como eu estava chegando na aula, pois assim me sentia. Saia de um trabalho, pra mim estressante, com muitos desafios de comunicação e entrava nas Práticas Konekti, um local para sermos e sentirmos, expressando nossa verdade, nosso sentir, com leveza, acolhimento e generosidade por parte das facilitadoras (Marci e Carlinha) e também dos alunos, pois todos (assim foi minha experiência) cuidavam do espaço para ser o melhor local de prática da CNV, sem julgamentos, sem aconselhamentos, um local de confiança onde podía mostrar minhas vulnerabilidades. Na minha última aula, me caiu uma ficha sobre o aprendizado da CNV, percebi que (para mim) para se aprender CNV é preciso muitas mudanças de paradigmas e mesmo, deixar velhas crenças de lado, como se precisássemos desaprender para só depois reaprendermos as teorias de Marshall Rosemberg para um relacionar-se mais conectado. Acho importante enfatizar que o desaprender necessita de um empenho grande, pois, imaginem só, eu tenho quase 50 anos ouvindo certas crenças e me comunicando no modo “chacal”, como vou conseguir transformar isso apenas lendo a parte teórica da CNV? Pra mim, a prática é essencial.